quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os indígenas na mídia

Os debates acerca da diversidade, do respeito às diferenças, das questões de gênero, de raça e etnia são abordados pela mídia de forma fragmentada, superficial e tendenciosa. Mas como tratar os problemas indígenas na formação de professores? O objetivo do presente artigo é analisar a imagem do índio publicada na Revista Veja e as mensagens enviadas ao Blog da Veja. Esse meio se destaca na formação de opinião a respeito da cultura e da identidade dos povos indígenas, em particular o conflito existente no Território Indígena Raposa Serra do Sol no estado de Roraima. O assunto está na pauta do Congresso Nacional para estabelecer a demarcação territorial indígena, sem levar em conta o processo de violência que esses povos foram submetidos historicamente. Os discursos veiculados por essa mídia são analisados com base nos Estudos Culturais. Nessa perspectiva, as contribuições de Stuart Hall, Michel Foucault, Paulo Freire, Kathryn Woodward, Homi Bhabha, entre outros, fundamentam a nossa análise sobre a constituição das identidades de grupos minoritários. São grupos que passam a se conhecer e se constituir como uma organização particular de interesses individuais e sociais, de similaridade e diferença. Defende a formação de professores para abordar os povos indígenas no currículo escolar, tendo em vista a promulgação da Lei nº 11.645, de  10 de março de 2008 que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. As questões relativas aos indígenas suscitam uma política de inclusão por trazer a tona um problema social que envolve interesses econômicos, políticos e culturais. No espaço escolar, o grande desafio para o trabalho docente é desvelar o discurso midiático e desconstruir seus conceitos e ideologias, numa perspectiva interdisciplinar.

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